No entanto, é mais do que isso. Os personagens não se contêm nos estereótipos para eles reservados e extrapolam os limites da realidade, tornando-se monstrengos metafísicos que discutem o sexo, a política, a arte, a morte, o teatro, Deus, o dinheiro, as mães.
A encenação reforça, poeticamente, a idéia do espaço cênico em constante mutação. Incisivo e virulento, sem perder o lirismo, o espetáculo parte do texto do renomado escritor André Sant’Anna, um texto “sujo”, caótico como a consciência humana.
fotos: Pedro Coqueiro